terça-feira, 5 de outubro de 2010

Construção de uma estrela artificial

Resolvi fazer uma estrela artificial, não apenas para a colimação do telescópio mas ainda para poder avaliar a ótica de meu telescópio e começar a entender um pouquinho mais da ótica aplicada aos telescópios.
Segui o tutorial do Guilherme de Almeida que pode ser encontrado em http://astrosurf.com/apaa/EA.pdf
Os dois esquemas postados aqui foram retirados desse documento.
Tinha em casa uma ocular antiga de microscópio cujo barril nunca permitiu uma adaptação para o telescópio mas que serviu direitinho para fazer essa estrela artificial.
Terminei a parte ótica e agora resta fazer a parte trazeira na qual será acondicionada a iluminação. Ainda não resolvi o que testarei antes: um LED de alto brilho ou uma lâmpada incandescente de 6V. Mas estou mais inclinado a testar antes com o LED porque assim o aquecimento será quase nenhum.
Não vou descrever o funcionamento da estrela artificial. Caso alguém se interesse a fazer uma - é muito fácil - eu encorajo. Dá até para fazer sem a ocular...
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Conclui a parte trazeira da estrela artificial. Usei um LED de alto brilho com um resistor em série. Para alimentação usei duas pilhas AA comuns. Fixei o LED no tubo por meio de um papelão colado numa das bocas. Como a luz ficou um pouco forte coloquei uns pedaços de sacolas plásticas entre o LED e o furo. Na tampa trazeira vou instalar uma chave liga-desliga tipo alavanca - ainda não comprei.
Depois é pintar o conjunto.
Para fixar num tripé fotográfico vou usar braçadeiras comuns de fixar canos externamente nas paredes.
Só falta o teste mas aparentemente o protótipo ficou OK, com uma luz bem pontual. Pelos cálculos e se a distância focal da ocular foi medida corretamente o furo virtual ficou com 0,05 mm de diâmetro, mais que o suficiente para o que se propõe pois calculei que precisaria de um furo de 0,12 mm para usar a uma distância de 30 metros.
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Colocada a chave liga/desliga na tampa trazeira do equipamento. No primeiro teste não consegui foco, assim usei o tubo da lente barlow, sem a parte ótica como um extensor e assim o foco foi conseguido.
A estrela funcionou muito bem e só não realizei as verificações por causa de tempo pois estou com visitas em casa. Será preciso improvisar um apoio para o tubo do telescópio ficar parado na posição horizontal.
Sem a turbulência do dia observei os anéis de difração tranquilamente com 200 aumentos.
Só falta fazer uma boa pintura no equipamento, que recomendo a construção para quem deseja fazer um teste da estrela com mais rigor e não possui montagem com acompanhamento.
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As últimas fotos mostram a estrela artificial terminada, com pintura.


















9 comentários:

  1. Olá Milito,
    Parabéns por mais um protótipo concluído, também pretendo fazer uma estrela artificial seguindo as instruções do Guilherme de Almeida.
    E aí, você já fez o teste prático? O que achou?

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  2. Oi Ricardo, hoje tentei fazer funcionar a estrela artificial, mas esbarrei no foco do telescópio pois ele não consegue foco a menos que 40 m.
    Como já estava ventando muito e o telescópio na horizontal não parava quieto, guardei tudo para voltar a tentar amanhã. Vou estender um pouco mais o porta ocular do focalizador para não precisar colocar a estrela tão longe.
    Depois posto os resultados.
    abração

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  3. Oi Ricardo.
    Hoje consegui resultados. Uei o tubo da barlow sem a lente para afastar mais a ocular do tubo e consegui foco com 25 metros.
    Fiz o teste no final da tarde e ainda tinha muita turbulência mas consegui obter o disco de Airy com os anéis de difração. Ao que tudo indica a estrela artificial funciona bem.
    abração

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  4. Só não entendi uma coisa, a turbulência é perceptível com o foco a 25m ? Que ocular você usou?

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  5. SIm é muito perceptível, ainda mais que o telescópio estava no Sol. A movimentação do ar perto da fonte de calor, no caso o chão é violenta, tanto que recomenda-se fazer o teste em locais com sombra e preferencialmente com terra ou grama.
    Postei novas fotos com a estrela terminada e presa ao tripe. Agora vou desmontar e pintar.

    abração

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  6. Oi!

    Ficou bacana. Agora a curiosidade: como foi ao analise da ótica do telescópio? Imagino que com menos atmosfera no caminho o disco de Airy e os anéis concêntricos tenham ficado mais estáveis.

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  7. Oi Eduardo.
    Você acredita que ainda não tive empo de fazer a análise? Quando não chove está ventando muito e ainda preciso achar uma forma de travar o tubo do telescópio no movimeno de altitude (pretendo fazer um calço ajustável).
    Mas consegui ver o disco e os anéis. Realmene eles são muito mais estáveis, principalmente quando observei durante a noite. Deu para perceber com muita clareza um pequeno desalinhamento e sem me demorar muito constatei que as imagens tanto no intra quanto no extra foco estão parecidas. Não sei se a intensidade da estrela artificial vai conseguir impressionar o ccd de uma câmera snap shot, mas acredio que com a reflex conseguirei imagens boas.
    Assim que tiver um resultado vou colocar aqui.

    abraço

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  8. Olá, tudo bem? Poderia postar o projeto com dimensões de cada peça?

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  9. Professor Tiago.
    Trata-se de um projeto antigo e não tenho as medidas, mesmo porque trata-se de uma adaptação às peças óticas que havia à disposição na hora. O que vale aqui é o conceito. Nos links é possível entender os princípios envolvidos.
    Grande abraço.

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