sexta-feira, 30 de março de 2012

NIKON D-40 com adaptador T2


Antena a uns 2Km de distância.

Fiz os primeiros testes com os adaptadores para fotografia em foco direto com o newtoniano (180mm/f7).
O primeiro problema foi o foco. O curso do focalizador não era suficiente para fazer o plano focal do espelho coincidir com o CCD da câmera. Assim precisei fazer uma nova furação no tobo do telescópio para "empurrar" o plano focal do espelho mais para fora.
Feito isso e a colimação consegui o foco em objetos terrestres e ainda sobrou um pouco de curso para o foco em objetos celestes. Tomara que seja suficiente...
Fazer o foco não é uma tarefa tão simples como pode parecer. Como tenho problema de visão (para perto) não dá para confiar naquilo que vejo pelo visor da câmera. Consegui algo mais próximo quando recoloquei a objetiva da câmera e, apontando para um objeto fiz o foco automático e ajustei a correção de dioptria do visor da D-40 de modo que a imagem ficasse o mais nítida possível.
Aí recoloquei o adaptador e instalei o conjunto no telescópio.
Acho que consegui me aproximar do foco, mas como a foto foi feita ed dia, havia turbulencia, então não posso garantir que tenha conseguido o ponto exato de foco.
Outro problema é o disparo do obturador. Como trabalhei com velocidade 1/800 (ISO 200) não podia disparar a câmera da maneira usual. Precisei usar o temporizador para dar tempo do telescópio parar de tremer o que leva cerca de 2 segundos, tempo suficiente para borrar a imagem, mesmo com uma velocidade que a princípio parece ser alta, mas não é o que acontece se levarmos em conta a taxa de ampliação conseguida.
Mas acho que a imagem da antena ficou boa. Essa antena está a cerca de 2Km do meu quintal. Fiz uma foto geral para que possam ter uma idéia da distância.
Vamos ver se hoje a noite consigo fazer alguma coisa.

3 comentários:

  1. Oi Milito, eu também ando às voltas com o problema do foco primário com a Canon e no meu caso, não tenho como mexer no primário porque o sistema de fixação é sobreposto no OTA, eu teria que "cortar"....nem pensar. Uma das soluções que ví num grupo de discussão do yahoo sobre astrofotos com DSLRs é usar o MPCC (multi purpose comma corrector), com ele o pessoal que enfrenta o mesmo problema resolveu bem e ainda ganha de "brinde" a correção do coma. Quanto ao disparo, não conheço a Nikon mas será que ela não tem um sistema de disparo remoto via computador ? A Canon tem, conecta com o mesmo cabo de descarregar imagens (USB de um lado e mini-USB do outro) e ajuda demais tanto no disparo como no foco e ajustes, sem mexer na camera. Dê uma pesquisada.
    Abraço

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  2. Olá Milito.

    A imagem tremida é função da grande distância focal da "lente".
    Em fotografia convencional é recomendada a técnica de levantar o espelho antes de acionar o obturador.
    Não sei se sua câmera tem este recurso. Se tiver é possível comprar ou fazer um disparador remoto.
    O movimento do espelho é suficiente para tremer a imagem.
    Em fotos noturnas uma técnica é colocar o chapé na frente do tubo, sem encostar, disparar manualmente mesmo, retirar o chapéu após uns segundos, e se estiver usando o modo bulb, colocar o chapéu novamente antes de baixar o espelho.

    O plano focal resolvi com um focador de perfil baixo. No meu SVP 8" deu certo.
    A alternativa que adotaria seria parafusos e molas mais longos no suporte do primário.
    O foco não é só um problema diurno. À noite nosso olho, através co pequeno visor da câmera, percebe quase nada.
    Uma máscara Bahtinov pode ajudar. Gastar algumas fotos até acertar o foco é outra técnica.
    A minha 60D tem liveview. É uma mão na roda.
    Já levanta o espelho, posso dar zoom até 10x na imagem e focar uma estrela antes de disparar.
    É uma ferramenta e tanto.

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